Londres, 22 fevereiro. Cientistas holandeses comprovaram que a perda de um receptor celular de dependência (que controla a morte e a sobrevivência das células) promove a metástase em um tipo de câncer de mama em ratos, segundo a revista britânica "Nature".
Uma equipe do
Instituto do Câncer da Holanda estudou o papel deste receptor, codificado no
gene DCC, na evolução destes tumores mamários em ratos e concluiu que sua
existência representa um impedimento à expansão da doença a outros tecidos, ao
atuar como supressor das células do tumor.
Estudos
anteriores já haviam antecipado que o DCC (câncer colorretal esporádico, na
sigla em inglês) poderia proteger o organismo da aparição do câncer, ao induzir
as células cancerígenas à autodestruição.
Este gene
participa da morte celular (apoptose) de vários tipos de câncer além do
colorretal, um processo do qual participam os receptores de dependência, cuja
função é similar a de um sentinela: avaliar o estado das células e
notificar-lhes que devem iniciar sua autodestruição se existe alguma
anormalidade.
A equipe
holandesa estudou a evolução de ratos com câncer de mama modificados
geneticamente para que carecessem desse gene.
Assim,
comprovaram que o processo de autodestruição das células de tumor destes
roedores piorava ao mesmo tempo que melhorava a sobrevivência das mesmas.
Segundo o
bioquímico e diretor do Instituto do Câncer da Holanda, Anton Berns, a perda
deste gene não afeta o desenvolvimento do tumor primário, mas facilita sua
metástases, ou seja, sua aparição em outros tecidos.
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