Cientistas estimam que Marte é atingido, anualmente, por mais de 200
pequenos asteroides e fragmentos de cometas, que formam crateras com
pelo menos quase quatro metros de diâmetro, informou hoje a NASA em
comunicado.
Dada a sua pequena dimensão, estes asteroides (corpos
rochosos e metálicos que orbitam o Sol) e fragmentos de cometas nunca
poderiam criam crateras no solo terrestre, lembra a agência espacial
norte-americana.
Segundo a NASA, os cálculos relativos a Marte
baseiam-se em imagens recolhidas a partir da sonda MRO, que examina o
"planeta vermelho" há sete anos.
Os investigadores identificaram,
na última década, 248 novas crateras na superfície marciana, usando as
imagens da sonda para determinar quando é que as crateras apareceram.
A
média anual estimada de crateras baseia-se na frequência com que novas
crateras, com pelo menos 3,9 metros de diâmetro, foram escavadas na
superfície de Marte. A frequência foi estudada a partir da avaliação
sistemática de uma parte do planeta.
Uma câmara da MRO captou
imagens em alta resolução de crateras recentes em zonas onde outras
imagens foram registadas por outras câmaras, antes e depois de os
impactos ocorrerem.
A combinação da informação obtida irá de
futuro, de acordo com a NASA, ajudar os cientistas a calcularem melhor a
idade de recentes fenómenos em Marte, sendo que alguns deles poderão
ter sido uma consequência das alterações climáticas.
Os asteroides
e os fragmentos de cometas que atingem Marte não têm mais do que um ou
dois metros de diâmetro e, por isso, são demasiado pequenos para criar
crateras no solo terrestre, sublinha a NASA.
Contudo, o seu
impacto no "planeta vermelho" acaba por ser maior, porque Marte tem uma
atmosfera mais fina, quando comparada com a da Terra.
Estimativas
anteriores, baseadas em estudos das crateras da Lua e das idades das
rochas lunares recolhidas nas missões Apollo da NASA nas décadas de 60 e
70, elevaram três a dez vezes o número médio anual de crateras em
Marte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário